Ele colocou as mãos por baixo de minha blusa, provocando arrepios em minha pele, e eu agarrei os cabelos de sua nuca instintivamente. Ficamos nos engolindo por uns bons minutos, repletos de mãos bobas, gemidos abafados e mordidinhas nos lábios, que após algum tempo, me fizeram esquecer parcialmente o mundo ao meu redor. Uma semana sem sentir os lábios deMica nos meus me fez realmente mal; minha mente, antes enevoada e escura, tornou-se menos densa e sombria, me permitindo sentir seu toque e suas carícias com um pouco mais de conforto. Quando tive que decidir entre respirar e sobreviver ou continuar beijando-o e morrer sufocada, me afastei dele, e apenas ficamos nos encarando, ofegantes demais para falar.
- Eu… Gostei disso – ele disse alguns segundos depois, ainda sem fôlego e com uma expressão meio sonhadora, o que me fez sorrir fraco – Podemos repetir de vez em quando?
- Claro – falei, ofegante e ainda envolta naquela sensação levemente anestesiante, prensando seu corpo contra a parede com o meu e sentindo-o realmente empolgado com a sessão de amassos – Só não precisa repetir a parte de ficarmos sem nos ver por mais de uma semana.
- Concordo plenamente – Mica riu, me roubando um selinho logo em seguida – Se bem que estou começando a achar que essa distância me rendeu bons momentos. E se depender de mim, vai render muitos outros.
- Não pense que vai ser sempre assim… Se você sumir de novo, não vai me encontrar tão disposta quando voltar – ameacei, cerrando os olhos e me sentindo mais leve e involuntariamente contagiada pela maldita atmosfera feliz que o rondava – A quantidade de beijos que eu vou te dar não vai conseguir superar a de tapas.
Ele riu mais uma vez, jogando a cabeça pra trás por um momento, e eu não pude evitar rir junto, mesmo que a dor recomeçasse a surgir em meu peito, intensificando-se a cada segundo. Era sempre assim quando eu estava com ele, ficava difícil não sorrir por qualquer coisa, mesmo que por pouco tempo. Mesmo que eu tivesse todos os motivos do mundo para estar cortando os pulsos naquele exato momento.
- Eu não ligo de apanhar de você – ele sorriu, erguendo as sobrancelhas num tom de superioridade – Honestamente, seus tapas fazem cócegas.
Suas palavras foram seguidas de um estalo alto vindo da colisão entre a palma de minha mão e seu braço, e Mica gemeu de dor, rindo ao mesmo tempo.
- Retire o que disse se não quiser que eu bata em outro lugar – rosnei, ultrajada.
- Tá, tá, eu retiro! – ele riu, erguendo as mãos em sinal de rendição – Seus tapas me massageiam… Melhorou?
- Vou ignorar essa adaptação – falei com a voz grave, fuzilando-o com o olhar, e ele prendeu o riso, voltando a me abraçar pela cintura – Olha que eu te castro, hein, Micael. Sei como fazer isso num segundo.
- Ah, não faça isso, meu amor – Mica murmurou, sorrindo novamente, só que agora de um jeito carinhoso – Eu adoraria ter miniaturas suas pela casa, ainda mais se todas elas fossem tão bonitinhas quando bravas que nem você.
Engoli em seco ao ouvir suas palavras. A breve ausência da dor em meu coração praticamente já não existia mais, deixando-me frágil demais para agüentar aquele tipo de golpe. Meus olhos ameaçaram queimar, anunciando a produção de lágrimas, mas eu os contive, dando um sorriso fraco para Mica.
- Eu… Gostei disso – ele disse alguns segundos depois, ainda sem fôlego e com uma expressão meio sonhadora, o que me fez sorrir fraco – Podemos repetir de vez em quando?
- Claro – falei, ofegante e ainda envolta naquela sensação levemente anestesiante, prensando seu corpo contra a parede com o meu e sentindo-o realmente empolgado com a sessão de amassos – Só não precisa repetir a parte de ficarmos sem nos ver por mais de uma semana.
- Concordo plenamente – Mica riu, me roubando um selinho logo em seguida – Se bem que estou começando a achar que essa distância me rendeu bons momentos. E se depender de mim, vai render muitos outros.
- Não pense que vai ser sempre assim… Se você sumir de novo, não vai me encontrar tão disposta quando voltar – ameacei, cerrando os olhos e me sentindo mais leve e involuntariamente contagiada pela maldita atmosfera feliz que o rondava – A quantidade de beijos que eu vou te dar não vai conseguir superar a de tapas.
Ele riu mais uma vez, jogando a cabeça pra trás por um momento, e eu não pude evitar rir junto, mesmo que a dor recomeçasse a surgir em meu peito, intensificando-se a cada segundo. Era sempre assim quando eu estava com ele, ficava difícil não sorrir por qualquer coisa, mesmo que por pouco tempo. Mesmo que eu tivesse todos os motivos do mundo para estar cortando os pulsos naquele exato momento.
- Eu não ligo de apanhar de você – ele sorriu, erguendo as sobrancelhas num tom de superioridade – Honestamente, seus tapas fazem cócegas.
Suas palavras foram seguidas de um estalo alto vindo da colisão entre a palma de minha mão e seu braço, e Mica gemeu de dor, rindo ao mesmo tempo.
- Retire o que disse se não quiser que eu bata em outro lugar – rosnei, ultrajada.
- Tá, tá, eu retiro! – ele riu, erguendo as mãos em sinal de rendição – Seus tapas me massageiam… Melhorou?
- Vou ignorar essa adaptação – falei com a voz grave, fuzilando-o com o olhar, e ele prendeu o riso, voltando a me abraçar pela cintura – Olha que eu te castro, hein, Micael. Sei como fazer isso num segundo.
- Ah, não faça isso, meu amor – Mica murmurou, sorrindo novamente, só que agora de um jeito carinhoso – Eu adoraria ter miniaturas suas pela casa, ainda mais se todas elas fossem tão bonitinhas quando bravas que nem você.
Engoli em seco ao ouvir suas palavras. A breve ausência da dor em meu coração praticamente já não existia mais, deixando-me frágil demais para agüentar aquele tipo de golpe. Meus olhos ameaçaram queimar, anunciando a produção de lágrimas, mas eu os contive, dando um sorriso fraco para Mica.
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