Paralisei quando o vi pendurado, e apesar de saber que a queda não o machucaria devido à baixa altura, fiquei com um pouco de medo. Observei Thur se preparar para pular, e alguns segundos depois ouvi ele xingar baixinho e sumir completamente, com um baque surdo e um barulho alto de folhas se mexendo e gravetos se quebrando. Prendi um gemido de pavor, e corri até a janela.
- Roberta, que barulho foi esse? Abra essa porta agora! – mamãe chamou mais uma vez, parecendo impaciente, e eu mal consegui ouvi-la. Vi Thur se levantando no jardim, com as mãos nas costas e os cabelos repletos de pequenas folhas, e mordi o lábio inferior, com pena. Ele lançou um breve olhar para cima, e seu rosto demonstrou um pouco de dor, deixando-me ainda mais amolecida. Mandei-lhe um beijinho de desculpas, e seu rosto pareceu desobedecer a suas ordens, rapidamente mudando de expressão. Thur sorriu pra mim, daquele jeito estonteante que me fazia sorrir junto, e correu até seu carro, mancando um pouco, porém bastante saudável para quem havia saltado uma janela. Respirei fundo, rindo baixinho, e mamãe voltou a bater à porta, arrancando-me do momento divertido.
- Calma, já vou! – exclamei, irritada, e corri até ela, destrancando a porta e abrindo-a com pressa – O que foi?
- Por que essa demora toda? Quem estava aí com você? Que barulho foi esse? – ela disparou, de braços cruzados e com uma expressão não muito amistosa.
- Eu demorei porque estava com muito sono, não sou obrigada a acordar tão cedo em pleno fim de semana só porque você chegou em casa – respondi, sendo um pouco mais grossa que o aconselhável pela despedida apressada de Thur – Eu estava falando sozinha, xingando esse frio maldito, e os barulhos que você ouviu vieram lá da rua, não tenho nada a ver com isso. Satisfeita?
Mamãe esticou o pescoço enquanto eu falava, bisbilhotando o quarto agora vazio, e ficou me encarando por alguns segundos antes de responder. Meu coração batia em minha garganta, acelerado devido às minhas mentiras muito mal formuladas, e apostei todas as minhas esperanças na enorme confiança que mamãe tinha em mim.
- Sim, me desculpe – ela suspirou, parecendo realmente convencida, e o alívio me dominou – Pode voltar a dormir se quiser. Eu só queria saber se você estava bem, não quis interromper seu sono. Também vou me deitar, preciso descansar um pouco.
- Hm… Tudo bem – assenti, arrependida pela forma um tanto rude pela qual a tratei, porém sem baixar a guarda. Se era pra mentir, que eu fosse convincente até o fim, certo?
Ela me deu um beijinho na testa antes de caminhar até seu quarto e eu fechei a porta novamente, me encostando nela e rindo baixinho. Pode parecer idiota, mas foi inevitável me perguntar se Thur estaria rindo naquele momento também, dirigindo sua Ferrari a caminho de casa. Após alguns segundos distraída com aquele pensamento, deduzi que estava sendo imbecil demais e me contentei em rir sozinha, aliviada e feliz por tudo ter dado mais do que certo. Me afastei da porta, observando calmamente o quarto enquanto me aproximava da cama, e todos os momentos daquela noite voltaram à minha mente, como um filme acelerado. Me deixei cair sobre o colchão, suspirando, e abracei forte o travesseiro com o perfume dele, afundando meu rosto ali e respirando fundo.
- Boa noite, Thur! – sussurrei contra a fronha perfumada, e puxei os cobertores para meu corpo antes de voltar a dormir profunda e quase que instantaneamente.
- Roberta, que barulho foi esse? Abra essa porta agora! – mamãe chamou mais uma vez, parecendo impaciente, e eu mal consegui ouvi-la. Vi Thur se levantando no jardim, com as mãos nas costas e os cabelos repletos de pequenas folhas, e mordi o lábio inferior, com pena. Ele lançou um breve olhar para cima, e seu rosto demonstrou um pouco de dor, deixando-me ainda mais amolecida. Mandei-lhe um beijinho de desculpas, e seu rosto pareceu desobedecer a suas ordens, rapidamente mudando de expressão. Thur sorriu pra mim, daquele jeito estonteante que me fazia sorrir junto, e correu até seu carro, mancando um pouco, porém bastante saudável para quem havia saltado uma janela. Respirei fundo, rindo baixinho, e mamãe voltou a bater à porta, arrancando-me do momento divertido.
- Calma, já vou! – exclamei, irritada, e corri até ela, destrancando a porta e abrindo-a com pressa – O que foi?
- Por que essa demora toda? Quem estava aí com você? Que barulho foi esse? – ela disparou, de braços cruzados e com uma expressão não muito amistosa.
- Eu demorei porque estava com muito sono, não sou obrigada a acordar tão cedo em pleno fim de semana só porque você chegou em casa – respondi, sendo um pouco mais grossa que o aconselhável pela despedida apressada de Thur – Eu estava falando sozinha, xingando esse frio maldito, e os barulhos que você ouviu vieram lá da rua, não tenho nada a ver com isso. Satisfeita?
Mamãe esticou o pescoço enquanto eu falava, bisbilhotando o quarto agora vazio, e ficou me encarando por alguns segundos antes de responder. Meu coração batia em minha garganta, acelerado devido às minhas mentiras muito mal formuladas, e apostei todas as minhas esperanças na enorme confiança que mamãe tinha em mim.
- Sim, me desculpe – ela suspirou, parecendo realmente convencida, e o alívio me dominou – Pode voltar a dormir se quiser. Eu só queria saber se você estava bem, não quis interromper seu sono. Também vou me deitar, preciso descansar um pouco.
- Hm… Tudo bem – assenti, arrependida pela forma um tanto rude pela qual a tratei, porém sem baixar a guarda. Se era pra mentir, que eu fosse convincente até o fim, certo?
Ela me deu um beijinho na testa antes de caminhar até seu quarto e eu fechei a porta novamente, me encostando nela e rindo baixinho. Pode parecer idiota, mas foi inevitável me perguntar se Thur estaria rindo naquele momento também, dirigindo sua Ferrari a caminho de casa. Após alguns segundos distraída com aquele pensamento, deduzi que estava sendo imbecil demais e me contentei em rir sozinha, aliviada e feliz por tudo ter dado mais do que certo. Me afastei da porta, observando calmamente o quarto enquanto me aproximava da cama, e todos os momentos daquela noite voltaram à minha mente, como um filme acelerado. Me deixei cair sobre o colchão, suspirando, e abracei forte o travesseiro com o perfume dele, afundando meu rosto ali e respirando fundo.
- Boa noite, Thur! – sussurrei contra a fronha perfumada, e puxei os cobertores para meu corpo antes de voltar a dormir profunda e quase que instantaneamente.
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