- Querida? – ela chamou cuidadosamente, batendo à porta alguns segundos depois, e eu olhei para Thur, com medo até de respirar. Ele devolveu meu olhar por um momento, terminando de afivelar seu cinto, e seus olhos pairaram sobre a porta, tensos. Eu examinava seu rosto, tentando achar algum jeito de despistá-la, mas nada me vinha à cabeça.
- Fale com ela – eu li seus lábios dizerem, enquanto ele voltava a me encarar e mamãe voltava a me chamar – Diga que já vai.
- Não! – respondi, apavorada, e ele me lançou um olhar insistente enquanto vestia a camisa – Vou fingir que estou dormindo!
- Quem está aí? – ela perguntou, e eu cobri minha boca com as mãos – Roberta, com quem você está falando?
- Hm… Erm… Hã? – eu disse, em voz alta, e Thur manteve seus olhos fixos em mim conforme eu a respondia – Ahn, oi, mãe… Já chegou, é?
- Filha? Por que a porta está trancada? – mamãe questionou, parecendo um pouco mais tranqüila ao ouvir minha voz.
- É que… – comecei, olhando para Thur sem saber direito o que responder, e vi que ele me incentivava a continuar enquanto vestia o paletó – Fiquei com medo por ter dormido sozinha em casa e resolvi me trancar.
Ele assentiu, me encorajando, e eu fiz uma careta diante de minha desculpa esfarrapada.
- Ah – ela falou, compreensiva – Me desculpe por ter dormido fora, mas é que a festa realmente estava boa e… Por que você ainda não abriu a porta pra mim?
Nossos olhos se arregalaram mais ainda com o tom ofendido de sua voz, e eu imediatamente corri até Thur, puxando-o com força até a janela e abrindo-a, tentando fazer o menor barulho possível.
- Só um minuto, eu já estou indo! – falei, enquanto Thur pulava num pé só para colocar as meias, e voltei a cochichar para ele – Vai!
- Calma, calma, tô indo! – ele reclamou, apoiando-se na parede sob a janela para colocar um dos sapatos, e eu fiz menção de correr até a porta, mas ele me segurou primeiro.
- O que foi? – rosnei, ansiosa, e ele cerrou os olhos, sorrindo de um jeito meio emburrado.
- Vou me jogar da sua janela e não mereço nem um beijo? – ele reclamou, fazendo beicinho, e eu não consegui não sorrir, por mais nervosa que estivesse – E se eu não sobreviver à queda?
- Vaso ruim não quebra – retruquei, erguendo as sobrancelhas em tom de superioridade, e ele notou o humor em minhas palavras, sorrindo mais – Tchau, Aguiar.
- Você vai me pagar por isso, Messi. Esse terno foi uma fortuna! – Thur disse, apenas movendo os lábios enquanto eu me afastava, e logo em seguida fez cara de cãozinho sem dono, fazendo biquinho e apontando para os próprios lábios com o indicador – Só um beijinho, vai!
- Beija isso! – sussurrei, rindo, e mandei dedo pra ele, vendo sua boca se escancarar pela ofensa, porém ainda sorrindo. Ele terminou de calçar seus sapatos, olhando de cara feia pra mim, e me mostrou a língua antes de se virar para o parapeito e agilmente colocar-se para fora da janela.
- Fale com ela – eu li seus lábios dizerem, enquanto ele voltava a me encarar e mamãe voltava a me chamar – Diga que já vai.
- Não! – respondi, apavorada, e ele me lançou um olhar insistente enquanto vestia a camisa – Vou fingir que estou dormindo!
- Quem está aí? – ela perguntou, e eu cobri minha boca com as mãos – Roberta, com quem você está falando?
- Hm… Erm… Hã? – eu disse, em voz alta, e Thur manteve seus olhos fixos em mim conforme eu a respondia – Ahn, oi, mãe… Já chegou, é?
- Filha? Por que a porta está trancada? – mamãe questionou, parecendo um pouco mais tranqüila ao ouvir minha voz.
- É que… – comecei, olhando para Thur sem saber direito o que responder, e vi que ele me incentivava a continuar enquanto vestia o paletó – Fiquei com medo por ter dormido sozinha em casa e resolvi me trancar.
Ele assentiu, me encorajando, e eu fiz uma careta diante de minha desculpa esfarrapada.
- Ah – ela falou, compreensiva – Me desculpe por ter dormido fora, mas é que a festa realmente estava boa e… Por que você ainda não abriu a porta pra mim?
Nossos olhos se arregalaram mais ainda com o tom ofendido de sua voz, e eu imediatamente corri até Thur, puxando-o com força até a janela e abrindo-a, tentando fazer o menor barulho possível.
- Só um minuto, eu já estou indo! – falei, enquanto Thur pulava num pé só para colocar as meias, e voltei a cochichar para ele – Vai!
- Calma, calma, tô indo! – ele reclamou, apoiando-se na parede sob a janela para colocar um dos sapatos, e eu fiz menção de correr até a porta, mas ele me segurou primeiro.
- O que foi? – rosnei, ansiosa, e ele cerrou os olhos, sorrindo de um jeito meio emburrado.
- Vou me jogar da sua janela e não mereço nem um beijo? – ele reclamou, fazendo beicinho, e eu não consegui não sorrir, por mais nervosa que estivesse – E se eu não sobreviver à queda?
- Vaso ruim não quebra – retruquei, erguendo as sobrancelhas em tom de superioridade, e ele notou o humor em minhas palavras, sorrindo mais – Tchau, Aguiar.
- Você vai me pagar por isso, Messi. Esse terno foi uma fortuna! – Thur disse, apenas movendo os lábios enquanto eu me afastava, e logo em seguida fez cara de cãozinho sem dono, fazendo biquinho e apontando para os próprios lábios com o indicador – Só um beijinho, vai!
- Beija isso! – sussurrei, rindo, e mandei dedo pra ele, vendo sua boca se escancarar pela ofensa, porém ainda sorrindo. Ele terminou de calçar seus sapatos, olhando de cara feia pra mim, e me mostrou a língua antes de se virar para o parapeito e agilmente colocar-se para fora da janela.
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