O suor cobria nossos corpos com uma fina camada úmida, numa forma física do calor entre nós. Não sei quanto tempo durou, quantas vezes finquei minhas unhas em sua pele, quantas vezes ele apertou minha cintura como se a quisesse estraçalhar. Só sei que, quando finalmente atingimos o orgasmo – primeiro eu, depois ele – e nossos corpos relaxaram sobre a cama, a sensação que tive foi de que eu não conseguiria mais deitar naquela cama sem me lembrar daquele momento. Estava ficando monótono dizer que tinha sido a melhor transa da minha vida; todas as vezes com Arthur superavam as anteriores, até mesmo as dele próprio, e por isso eu já havia desistido de formar qualquer espécie de ranking.
- Me dê… Um minuto – sua voz rouca ofegou, e ele se levantou, um tanto cambaleante, em direção ao banheiro para se desfazer da camisinha. Sorri fraco, fisicamente aturdida, e respirei fundo, sentindo cada parte de meu corpo formigar em êxtase, e minha cintura em especial doer um pouco. Aquilo provavelmente ficaria roxo, mas nada que eu não pudesse justificar com esbarrões em móveis ou qualquer outra desculpa. Virei-me de lado numa velocidade extremamente lenta, puxando as cobertas para cima de mim com algum esforço e ouvindo a cama ranger mais uma vez; ri baixinho.
- Qual é a graça? – ouvi Arthur murmurar, calmo, enquanto voltava do banheiro e se enfiava sob as cobertas ao meu lado, virado de frente para mim.
- Acho que você me deve uma cama nova – sussurrei, com a voz arranhando, e não hesitei em me aninhar em seus braços quando ele os estendeu em minha direção – Esta aqui não gostou muito da agitação.
- Podemos resolver isso amanhã mesmo – ele brincou, rindo baixinho também e me apertando com força contra si – Eu compro a cama e o colchão que quiser, menos os de água. São muito frágeis a movimentações bruscas.
- Tarado – falei, sorrindo, tão baixo que pensei que ele não fosse me ouvir. Eu estava errada.
- Obrigado – ele agradeceu, orgulhoso, e eu ergui meu rosto para olhá-lo. Homens não prestam mesmo.
Revirei os olhos, rindo um pouco, e percebi que mesmo por trás de sua postura divertida, seus olhos continuavam me observando intimamente, brilhando em deslumbre. Aquilo me distraiu por alguns segundos, e quando ele finalmente se deu conta de minha análise, tratou de tirar minha atenção dali.
- Estou muito surpreso com você – ele murmurou, com um misto de humor e seriedade na voz – Até orgulhoso, eu diria. São poucas as garotas que se previnem a ponto de guardarem preservativos em locais tão convenientes.
Ergui uma sobrancelha, esperta, e ele sorriu daquele jeito cafajeste que eu adorava. Sempre soube que aquela gaveta me renderia vantagens morais.
- Eu não sou qualquer uma, Aguiar – falei, com uma certa acidez na entonação, e ele provavelmente notou que eu omiti o fim da frase. Como algumas garotas que você come.
- Eu sei disso – Arthur assentiu uma vez, sem alterar sua expressão, e novamente seus olhos radiantes ardiam sob a camada de disfarce em seu rosto – Por que acha que escolhi você?
- Me dê… Um minuto – sua voz rouca ofegou, e ele se levantou, um tanto cambaleante, em direção ao banheiro para se desfazer da camisinha. Sorri fraco, fisicamente aturdida, e respirei fundo, sentindo cada parte de meu corpo formigar em êxtase, e minha cintura em especial doer um pouco. Aquilo provavelmente ficaria roxo, mas nada que eu não pudesse justificar com esbarrões em móveis ou qualquer outra desculpa. Virei-me de lado numa velocidade extremamente lenta, puxando as cobertas para cima de mim com algum esforço e ouvindo a cama ranger mais uma vez; ri baixinho.
- Qual é a graça? – ouvi Arthur murmurar, calmo, enquanto voltava do banheiro e se enfiava sob as cobertas ao meu lado, virado de frente para mim.
- Acho que você me deve uma cama nova – sussurrei, com a voz arranhando, e não hesitei em me aninhar em seus braços quando ele os estendeu em minha direção – Esta aqui não gostou muito da agitação.
- Podemos resolver isso amanhã mesmo – ele brincou, rindo baixinho também e me apertando com força contra si – Eu compro a cama e o colchão que quiser, menos os de água. São muito frágeis a movimentações bruscas.
- Tarado – falei, sorrindo, tão baixo que pensei que ele não fosse me ouvir. Eu estava errada.
- Obrigado – ele agradeceu, orgulhoso, e eu ergui meu rosto para olhá-lo. Homens não prestam mesmo.
Revirei os olhos, rindo um pouco, e percebi que mesmo por trás de sua postura divertida, seus olhos continuavam me observando intimamente, brilhando em deslumbre. Aquilo me distraiu por alguns segundos, e quando ele finalmente se deu conta de minha análise, tratou de tirar minha atenção dali.
- Estou muito surpreso com você – ele murmurou, com um misto de humor e seriedade na voz – Até orgulhoso, eu diria. São poucas as garotas que se previnem a ponto de guardarem preservativos em locais tão convenientes.
Ergui uma sobrancelha, esperta, e ele sorriu daquele jeito cafajeste que eu adorava. Sempre soube que aquela gaveta me renderia vantagens morais.
- Eu não sou qualquer uma, Aguiar – falei, com uma certa acidez na entonação, e ele provavelmente notou que eu omiti o fim da frase. Como algumas garotas que você come.
- Eu sei disso – Arthur assentiu uma vez, sem alterar sua expressão, e novamente seus olhos radiantes ardiam sob a camada de disfarce em seu rosto – Por que acha que escolhi você?
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