quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

WEB LuAr - Capítulo 25 / Parte 4:

Minhas mãos deslizaram pesadamente sobre as laterais de seu tronco, acompanhando sua forma, e pararam no elástico da última peça de roupa entre nós. Arthur movimentou seus quadris involuntariamente contra os meus ao sentir que eu o despia, empurrando a boxer para baixo até onde pude. Ele logo se desfez completamente dela, e eu acariciei sua ereção nua sem pressa. Recebi um grunhido abafado como resposta (ou deveria dizer incentivo?), e envolvi seu membro pulsante com uma das mãos, sentindo outra onda quente correr por minha pele. Eu queria aquilo mais do que imaginei que quisesse, e só agora eu podia sentir a verdadeira dimensão de meu desejo. 
Disposta a demonstrar minha vontade imensurável e a fazê-lo me desejar tanto quanto eu o desejava, comecei a masturbá-lo o mais rápido que pude. Ele prendeu a respiração por alguns segundos, provavelmente contendo alguma demonstração maior de excitação, e logo em seguida voltou a me beijar, com o quádruplo de fúria. Após alguns segundos, ele chegou até a morder meu lábio por acidente, tamanha era a sua dificuldade de se concentrar em algum movimento. Agradeci mentalmente pela mordida ter sido fraca dessa vez; não queria ter que ficar com o lábio machucado novamente por sua culpa. 
Não demorou muito para que ele atingisse o ponto máximo de tolerância. Rápido, ele separou nossos corpos e correu atrás de sua carteira, esbravejando palavras sem sentido enquanto revirava os bolsos da calça em busca de uma camisinha. Me ergui num dos cotovelos, observando a cena um tanto engraçada, e sorri. 
- Ei – chamei, abrindo a gaveta do criado-mudo sem tirar os olhos dele, que atendeu ao chamado com um movimento brusco de cabeça em minha direção. 
Tirei da gaveta um preservativo, e alarguei meu sorriso. Apesar de toda a nuvem de confusão em sua mente, ele arregalou levemente os olhos, surpreso, e um sorriso desnorteado surgiu em seu rosto. Arthur logo se ajoelhou sobre a cama, prevenindo-se como devia em poucos segundos e posicionando-se, com os olhos inquietos nos meus. 
- Você terá a sua vez mais tarde, eu prometo – ele gemeu, como num pedido de desculpas, e eu logo entendi que ele estava se referindo às nossas posições. Sorri, e assenti de leve, acariciando seus braços, que se mantinham esticados para segurar meus quadris. 
- Eu não vou ficar em desvantagem, pode ter certeza – pisquei, recebendo um sorriso malicioso como resposta, acompanhado de sua movimentação firme e avassaladora. 
Ele investiu com tanta força que a cama reclamou, rangendo baixo. Conforme ele deixou que seu tronco ficasse na horizontal, rente ao meu, e continuou se movimentando, os rangidos voltaram, mas eu não prestei muita atenção neles. Sua respiração quente contra meu rosto, seus músculos abdominais contraindo-se, colados aos meus, sua virilidade me enlouquecendo por dentro eram fatores mais urgentes. Eu arranhava suas costas, ombros e braços, com os lábios entreabertos e soltando gemidos altos, sem conseguir me conter. Mantive meus olhos abertos, observando cada expressão de seu rosto, cuja testa estava colada à minha e retorcida de prazer, assim como todo o meu corpo. Cada movimento me dava a sensação de ser levada cada vez mais para perto do paraíso, distante de qualquer preocupação ou incômodo. Ele abria os olhos de vez em quando, encarando os meus e sorrindo de leve, até que um gemido mais alto escapasse de sua garganta e o fizesse contorcer o rosto novamente. 

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