- Alô? – rosnei, sem fazer a menor questão de ser simpático. Fosse quem fosse, já estava com sorte demais por ter sido atendido àquela hora.
- Aguiar? – uma voz melada emanou do celular, e por um segundo, me arrependi de ter sido tão piedoso. O enjôo pelo qual fui atingido em sonho retornou com força total assim que ouvi Maria pronunciar meu nome daquele jeito vulgar de sempre, me fazendo pensar que vomitaria a qualquer momento.
- Queria poder dizer que não – grunhi, respirando fundo logo em seguida para conter a movimentação suspeita do conteúdo de meu estômago.
- Ih, pelo jeito acordou de mau humor – ela notou, com a voz levemente ofendida, o que me causou uma súbita vontade de rir – O que houve? Andou tendo sonhos ruins?
Ah, foi macumba sua eu ter sonhado aquelas coisas, não foi, sua piranha? Eu já devia saber que estar prestes a conviver algumas horas com você fora do calendário escolar semanal seria traumático o suficiente para me causar noites ruins.
- Meus sonhos não são da sua conta – falei, com a voz encharcada de tédio – Já a maneira como você os interrompe desnecessariamente devia lhe render pena de morte.
A hipótese de ver Maria recebendo uma injeção letal ou numa das câmaras de gás famosas na época de Hitler me fez divagar por técnicas de tortura bastante interessantes, distraindo-me por tempo suficiente para que eu quase perdesse sua resposta.
- Como você é estúpido às vezes, Arthur – sua voz afetada reclamou, provocando um sorriso maldoso e satisfeito em meu rosto por ter conseguido demonstrar o efeito péssimo que ela tinha em meu humor – E, pra sua informação, eu não liguei para falar baboseiras, tá? Só queria saber que horas você vai passar aqui hoje, pra poder estar pronta a tempo.
Ergui uma sobrancelha, adotando uma expressão horrorizada, e olhei rapidamente para o relógio: nove e cinco da manhã. Meu rosto se contorceu ainda mais, num reflexo chocado por sua atitude idiota. Quem em sã consciência acorda às nove da manhã num sábado para acordar outra pessoa e falar sobre um baile de primavera idiota?
- Aguiar? – uma voz melada emanou do celular, e por um segundo, me arrependi de ter sido tão piedoso. O enjôo pelo qual fui atingido em sonho retornou com força total assim que ouvi Maria pronunciar meu nome daquele jeito vulgar de sempre, me fazendo pensar que vomitaria a qualquer momento.
- Queria poder dizer que não – grunhi, respirando fundo logo em seguida para conter a movimentação suspeita do conteúdo de meu estômago.
- Ih, pelo jeito acordou de mau humor – ela notou, com a voz levemente ofendida, o que me causou uma súbita vontade de rir – O que houve? Andou tendo sonhos ruins?
Ah, foi macumba sua eu ter sonhado aquelas coisas, não foi, sua piranha? Eu já devia saber que estar prestes a conviver algumas horas com você fora do calendário escolar semanal seria traumático o suficiente para me causar noites ruins.
- Meus sonhos não são da sua conta – falei, com a voz encharcada de tédio – Já a maneira como você os interrompe desnecessariamente devia lhe render pena de morte.
A hipótese de ver Maria recebendo uma injeção letal ou numa das câmaras de gás famosas na época de Hitler me fez divagar por técnicas de tortura bastante interessantes, distraindo-me por tempo suficiente para que eu quase perdesse sua resposta.
- Como você é estúpido às vezes, Arthur – sua voz afetada reclamou, provocando um sorriso maldoso e satisfeito em meu rosto por ter conseguido demonstrar o efeito péssimo que ela tinha em meu humor – E, pra sua informação, eu não liguei para falar baboseiras, tá? Só queria saber que horas você vai passar aqui hoje, pra poder estar pronta a tempo.
Ergui uma sobrancelha, adotando uma expressão horrorizada, e olhei rapidamente para o relógio: nove e cinco da manhã. Meu rosto se contorceu ainda mais, num reflexo chocado por sua atitude idiota. Quem em sã consciência acorda às nove da manhã num sábado para acordar outra pessoa e falar sobre um baile de primavera idiota?
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