- É - ele respondeu, com as sobrancelhas erguidas e um sorrisinho esperto - Mas como eu sou um ótimo professor de biologia, acho melhor a gente esperar nosso estômago digerir o macarrão antes de ceder às suas provocações.
- Concordo plenamente, professor Borges - falei, fazendo cara de inteligente, e recebendo um selinho demorado - Então enquanto a gente espera, eu quero sorvete.
- Fazer a digestão comendo mais ainda, quer coisa melhor? - ele ironizou enquanto andava até o congelador, me fazendo jogar a cabeça pra trás e rir alto - Pega aí, tô com as mãos meio ocupadas.
- “Mãos ocupadas”, quem ouve até pensa - falei, rindo feito uma idiota - Acho que estamos quites quanto a frases ambíguas agora.
- Se quiser, eu desocupo minhas mãos agorinha mesmo - ele sugeriu, e ameaçou me botar no chão de novo.
- Pode continuar me carregando, eu deixo - sorri, forçando a expressão mais excessivamente meiga do mundo enquanto fechava a porta do congelador com o sorvete em mãos. Mica retribuiu meu sorriso exagerado, e me levou até a sala, parando nas gavetas de talheres pra pegarmos duas colheres pelo caminho.
- Vamos ver o que tá passando na TV - ele disse, pegando o controle remoto que estava no sofá e apertando um botão. Assim que a tela se acendeu, eu vi lagartos e plantas por toda parte, e não pude deixar de sorrir.
- Animal Planet? - perguntei, abrindo o pote, sentada entre suas pernas - Por que eu já devia saber disso?
- Pelo menos não é canal pornô - Mica retrucou, mudando de canal e enchendo sua colher de sorvete sem nem ver o que estava fazendo.
- E daí se fosse? Não seria problema nenhum - falei, sem nem prestar atenção no que passava na TV e enchendo cuidadosamente minha colher - Tem homens que aprendem várias coisas com filmes pornôs, sabia?
- Você quer mesmo falar disso? - ele falou, erguendo as sobrancelhas com um sorriso danado, enquanto voltava a engolir outra colherada monstruosa de sorvete. Me virei pra encará-lo, com uma sobrancelha erguida e um sorriso esperto:
- Por quê? Tá com medo de alguma coisa?
- Claro que não, eu até acho filmes pornôs interessantes - Mica respondeu, tomando mais sorvete, como se estivesse dizendo que gostava de azul - É bem bacana ver como alguém consegue ser tão elástico.
- Não acredito que você vê filmes pornôs só por causa da elasticidade das mulheres - falei, rindo e dando um empurrãozinho safado em seu peito.
- Vem cá, deixa eu te perguntar uma coisa - ele disse, parando num canal qualquer e me olhando com uma impaciência meio cômica - Tá toda curiosa por causa de filme pornô por quê? Já tá querendo mais, é?
- Não foi essa a minha intenção inicial, mas se você tá sugerindo… - respondi, olhando pra ele e lambendo devagar a colher, com um sorriso provocante (me deixa ser puta, beijos). Mica ficou me encarando, parecendo meio atordoado, e entortou a boca, derrotado.
- Você gosta de beijo gelado? - ele murmurou, baixinho, tirando o pote de sorvete do meio das minhas pernas e colocando-o na mesinha que ficava do seu lado do sofá.
- Se eu gosto de quê? - perguntei, sem ouvir direito o que ele tinha dito, mas concordando em me virar de frente pra ele quando suas mãos demonstraram essa intenção.
- Disso - ele sussurrou, e no segundo seguinte seus lábios estavam colados aos meus. Um choque térmico percorreu meu corpo todo quando a língua gelada dele tocou a minha, nem tão fria. Passei meus braços por seu pescoço, arrepiada da cabeça aos pés, e ele me puxou pra mais perto dele pela cintura, fazendo minhas pernas envolverem seus quadris. Ficamos nos amassando por algum tempo, até o efeito gelado sumir, e delicadamente Mica me deitou no sofá e ficou por cima de mim. Sorrindo, ele partiu o beijo, e murmurou:
- Dorme aqui essa noite?
- Não precisa nem pedir de novo - respondi, com um sorriso de orelha a orelha, e ele voltou a me beijar, igualmente feliz com a minha resposta. É, posso dizer que Mica me beijando foi uma cena que se repetiu bastante naquela noite.
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- Concordo plenamente, professor Borges - falei, fazendo cara de inteligente, e recebendo um selinho demorado - Então enquanto a gente espera, eu quero sorvete.
- Fazer a digestão comendo mais ainda, quer coisa melhor? - ele ironizou enquanto andava até o congelador, me fazendo jogar a cabeça pra trás e rir alto - Pega aí, tô com as mãos meio ocupadas.
- “Mãos ocupadas”, quem ouve até pensa - falei, rindo feito uma idiota - Acho que estamos quites quanto a frases ambíguas agora.
- Se quiser, eu desocupo minhas mãos agorinha mesmo - ele sugeriu, e ameaçou me botar no chão de novo.
- Pode continuar me carregando, eu deixo - sorri, forçando a expressão mais excessivamente meiga do mundo enquanto fechava a porta do congelador com o sorvete em mãos. Mica retribuiu meu sorriso exagerado, e me levou até a sala, parando nas gavetas de talheres pra pegarmos duas colheres pelo caminho.
- Vamos ver o que tá passando na TV - ele disse, pegando o controle remoto que estava no sofá e apertando um botão. Assim que a tela se acendeu, eu vi lagartos e plantas por toda parte, e não pude deixar de sorrir.
- Animal Planet? - perguntei, abrindo o pote, sentada entre suas pernas - Por que eu já devia saber disso?
- Pelo menos não é canal pornô - Mica retrucou, mudando de canal e enchendo sua colher de sorvete sem nem ver o que estava fazendo.
- E daí se fosse? Não seria problema nenhum - falei, sem nem prestar atenção no que passava na TV e enchendo cuidadosamente minha colher - Tem homens que aprendem várias coisas com filmes pornôs, sabia?
- Você quer mesmo falar disso? - ele falou, erguendo as sobrancelhas com um sorriso danado, enquanto voltava a engolir outra colherada monstruosa de sorvete. Me virei pra encará-lo, com uma sobrancelha erguida e um sorriso esperto:
- Por quê? Tá com medo de alguma coisa?
- Claro que não, eu até acho filmes pornôs interessantes - Mica respondeu, tomando mais sorvete, como se estivesse dizendo que gostava de azul - É bem bacana ver como alguém consegue ser tão elástico.
- Não acredito que você vê filmes pornôs só por causa da elasticidade das mulheres - falei, rindo e dando um empurrãozinho safado em seu peito.
- Vem cá, deixa eu te perguntar uma coisa - ele disse, parando num canal qualquer e me olhando com uma impaciência meio cômica - Tá toda curiosa por causa de filme pornô por quê? Já tá querendo mais, é?
- Não foi essa a minha intenção inicial, mas se você tá sugerindo… - respondi, olhando pra ele e lambendo devagar a colher, com um sorriso provocante (me deixa ser puta, beijos). Mica ficou me encarando, parecendo meio atordoado, e entortou a boca, derrotado.
- Você gosta de beijo gelado? - ele murmurou, baixinho, tirando o pote de sorvete do meio das minhas pernas e colocando-o na mesinha que ficava do seu lado do sofá.
- Se eu gosto de quê? - perguntei, sem ouvir direito o que ele tinha dito, mas concordando em me virar de frente pra ele quando suas mãos demonstraram essa intenção.
- Disso - ele sussurrou, e no segundo seguinte seus lábios estavam colados aos meus. Um choque térmico percorreu meu corpo todo quando a língua gelada dele tocou a minha, nem tão fria. Passei meus braços por seu pescoço, arrepiada da cabeça aos pés, e ele me puxou pra mais perto dele pela cintura, fazendo minhas pernas envolverem seus quadris. Ficamos nos amassando por algum tempo, até o efeito gelado sumir, e delicadamente Mica me deitou no sofá e ficou por cima de mim. Sorrindo, ele partiu o beijo, e murmurou:
- Dorme aqui essa noite?
- Não precisa nem pedir de novo - respondi, com um sorriso de orelha a orelha, e ele voltou a me beijar, igualmente feliz com a minha resposta. É, posso dizer que Mica me beijando foi uma cena que se repetiu bastante naquela noite.
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