Sinopse
Lua, 17 anos. Mora em Los Angeles com a avó materna (Katerina) e o irmão mais novo (Daniel) desde que sua mãe morreu em um acidente de carro quando ela tinha 2 anos. Nas férias de verão, a avó está passando por sérios problemas de saúde e não poderá cuidar bem de seus netos, então pede pra que ela e Daniel passem um tempo na casa de seu pai (John) em Tybee Island - uma pequena cidade litorânea localizada no estado americano de Geórgia. John é médico em um hospital que atende crianças com câncer. Mesmo odiando a ideia, Lua é obrigada a aceitar o pedido da avó porque não quer vê-la preocupada com outra coisa a não ser sua saúde. Em Tybee Island, Lua passa por várias situações e conhece algumas pessoas que marcam sua vida, em especial uma, que vai fazê-la descobrir o que de fato é o amor no qual ela tanto acusa ser ilusão na vida dos idiotas.
Arthur, 18 anos. Mora em Tybee Island com os pais e a irmã mais nova Melanie. Era visto como o popular e mauricinho da cidade e namora Nikki, uma garota patricinha, fútil e incrivelmente bonita. Os pais dele são donos de uma grife de roupas conhecida em toda a Geórgia. Seu pai trabalha no mesmo hospital que John como médico. A chegada de Lua na cidade e o convívio com ela fará com que Arthur mude seus pensamentos sobre o que é o amor.
Web LuAr - The only exception
Capítulo 1
Por Lua
Daniel estava fazendo uma tremenda bagunça no banco de trás do carro. Dava pra escutar sua voz repetindo as falas dos desenhos de luta que ele passava o dia inteiro vendo, mesmo com os fones ligados no último volume do meu iPod. Percebi que Carlos, o motorista que vovó contratou pra nos deixar em Tybee Island, também estava incomodado com a bagunça de Dan, então tirei os fones calmamente pra não começar minhas férias estressada e interrompi a diversão do meu irmãozinho:
- Dan, seu barulho está atrapalhando Carlos. Fale um pouco mais baixo,
tudo bem?
tudo bem?
- Carlos, eu estou te atrapalhando?
O motorista se envergonhou e disse automaticamente:
- Claro que não, Daniel. Pode continuar brincando.
O pirralhinho olhou pra mim com um olhar de provocação. Era a cara dele fazer isso. Mas tudo bem, respirei fundo, contei até 3 e coloquei meus fones de novo.
A estrada estava ficando cada vez mais cheia de buracos e pra minha infelicidade, começou a chover. Já eram seis horas da tarde e em breve começaria a ficar escuro. Meu pai morava aonde? Do outro lado do mundo? Se bem que eu estava desejando até estar do outro lado do mundo do que ter que passar minhas férias em uma cidade pequena sem ter absolutamente nada de interessante pra fazer. Vovó podia ter deixado eu passar as férias em Los Angeles, não tinha nada Dan ir comigo e ficar na casa de Lorena. Ela não era uma amiga tão ruim. Só tinha 22 anos, era dona do próprio nariz, fumava, bebia… É, acho que não ia ser muito bom para meu irmãozinho. Ele estava feliz demais com a idéia de passar as férias com alguém do mesmo sexo que ele. Papai seria a pessoa perfeita para brincar de lutinha, apostar corrida e fazer todas essas coisas que vovó não podia fazer.
Finalmente enxerguei de longe uma placa torta e mal acabada que dizia:
“Tybee Island a 20 km.”
Não sei se “finalmente” seria a palavra certa para usar, mas enfim, qualquer coisa seria melhor do que continuar fingindo estar calma dentro de um carro com um garoto de 9 anos fazendo a pior bagunça do mundo e um motorista calado e sério. E pra piorar a situação, a bateria do meu iPod havia acabado e isso significava: Adeus música, você vai ter que se contentar com a voz do seu irmão narrando lutas de desenhos animados. Que maravilha. Agora sim eu desejava estar nessa porcaria de cidade.
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