Por Arthur
Fiquei deitado na minha cama ouvindo música e pensando no que minha irmã tinha me dito. Até cair no sono e ser acordado por Liza, a faxineira que trabalha na minha casa, que batia em minha porta e dizia:
- Arthur, desculpe interrompê-lo, mas você tem visitas. Nikki está na sala.
- Peça para que ela espere um minuto enquanto eu troco de roupa, Liza.
- Ok, vou avisá-la. Ah! Já estou indo, terminei o que tinha pra fazer por aqui hoje. Seus pais ligaram de Nova York e pediram pra avisar que amanhã já estão voltando pra casa.
- Tudo bem. Obrigado por avisar!
Hoje tinha sido um dia cansativo pra mim, passei o dia na praia e na academia, estava totalmente exausto. Coloquei uma camiseta branca e fui lavar o rosto. Quando saí do banheiro, me deparei com Nikki sentada na minha cama:
- Oi amor! Tava morrendo de saudade! - Ela se levantou e me deu um beijo rápido. - Como foi seu dia? Só te vi com Micael de manhã na praia…
- É… Eu estava na academia a tarde. - Falei com uma voz sem ânimo. Nikki me lançou um olhar de malícia e disse:
- Então acho que você deve estar exausto! Deita aí que eu vou fazer uma massagem. - Ela me olhou sorrindo enquanto deitava na minha cama.
Nikki começou a massagear minhas costas e eu tentava relaxar, o que parecia impossível. Ela continuou a massagem passando as mãos pelos meus braços e pela minha nuca, depois ela havia diminuído a frequência da massagem pra se acomodar em cima de mim, percebi que já estava beijando meu pescoço e mordendo minha orelha. Nikki estava com uma blusa branca e uma mini-saia cor de rosa que faria qualquer homem ir à loucura. Começou a me beijar freneticamente, beijos rápidos e com poucos intervalos, e quando me dei conta, Nikki arrancou minha blusa e aumentava cada vez mais a intensidade do seu desejo com arranhões pelas minhas costas e mordidinhas nos meus lábios. Eu sabia exatamente o que ela queria. Meus pais não estavam em casa, Mel tinha ido dormir na casa de Sophia e Nikki devia ter dito à sua mãe que ia passar a noite na casa de alguma amiga. Mas eu estava muito cansado, estressado e sem ânimo para fazer o que ela pretendia essa noite:
- Nikki, Nikki. Pare, ok?
- Por que? Você não tá gostando? - Ela continuou beijando meu pescoço enquanto falava.
- Não é isso Nikki, eu tô muito cansado hoje. Vá pra casa e amanhã nós nos falamos, tudo bem? - Nesse momento Nikki parou de me beijar e me lançou um olhar sério, mais sério que o normal.
- Peraí Arthur, você tá me dispensando? Eu sou sua namorada.
- Eu sei. Só não tô com saco hoje. - Falei levantando da cama.
- Eu não tô acreditando no que estou ouvindo. Você quer mesmo que eu vá embora? Arthur, você está brincando com fogo. Milhares de homens queriam estar no seu lugar agora e você simplismente me pede pra sair do seu quarto?
- Do meu quarto não. Da minha casa. Amanhã a gente se fala. - Abri a porta e olhei pra ela, que me parecia furiosa. Ela não falou nada, só vestiu sua blusa e pegou sua bolsa me encarando friamente. Passou pela porta e falou:
- Não existe essa de “amanhã a gente se fala”. Fique ai sozinho com seu cansaço e me esquece. - Nikki saiu andando rapidamente pela sala com passos firmes, abriu a porta da casa e a bateu com força.
Nesse momento eu não sabia o que estava se passando pela minha cabeça. E na verdade não queria pensar em mais nada. Apenas deitei na minha cama e fui dormir. Amanhã o dia seria longo. Bem longo.
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