quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Web LuAr – The only exception Capítulo 2 (Parte 1)

Por Lua
- OLHA LUA, OLHA COMO O CÉU TÁ LINDO! VAMOS, ACORDE! – Dan estava me chacoalhando sem parar mesmo depois que eu abri os olhos. Não posso acreditar que consegui dormir dentro daquele carro por 5 minutos. Mas meu irmão estava certo, o céu estava de fato muito bonito, uma mistura de cores incrível. Só deviam faltam uns 3 km para chegarmos enfim na cidade do meu pai. Daniel estava mais animado do que nunca, então não quis cortar o barato dele:
- Puxa Dan, está realmente muito bonito! Pegue a câmera pra tirar uma foto e depois mande para vovó, ela vai adorar.
- Boa idéia, Lu! Vou fazer isso agora mesmo. – Dan tirou a câmera de dentro de uma das bolsas e tirou umas três fotos de ângulos diferentes. Ele me pareceu muito animado com a idéia de mandar as fotos para vovó, era muito apegado a ela.
 E então, vimos a tão esperada placa de “Bem-vindos a Tybee Island”. Eu podia ver a expressão de alívio e felicidade estampada no rosto de Carlos. Dan fez questão de abrir o vidro e gritar “NÃO POSSO ACREDITAR QUE CHEGAMOS, OBA! OLÁ TYBEE ISLAND!” Eu ri por um segundo, meu irmão era um pouco retardado às vezes, tenho que confessar. Demos umas boas voltas pela cidade enquanto Carlos se irritava por não conseguir achar o endereço e ter que pedir informação. O primeiro pedestre que encontramos já soube nos dizer onde ficava a rua que estávamos procurando. Rodamos mais ainda até chegar lá e, finalmente, chegamos na casa do meu pai. Eu me lembrava de poucos detalhes do lugar, já que só tinha o visitado há 5 anos atrás. Meu pai aguardava na porta com um sorriso enorme estampado em seu rosto e pude ver que meu irmão estava tão sorridente quanto ele. Carlos estacionou o carro e Daniel não esperou nem um segundo mais para abrir a porta e sair correndo gritando “Papaaai”. Pude ver que ele se emocionou com o gesto de Dan enquanto o pegava no colo e o abraçava forte. Saí do carro, peguei minha bolsa e peguntei a Carlos se ele precisava de ajuda pra levar as coisas pra dentro, ele me respondeu que não, como imaginava. Então fui abraçar meu pai, confesso que sem ânimo e sem um por cento do entusiasmo de Daniel:
- Lu, que saudade! Você já está uma moça e seus cabelos estão lindos. Quanto tempo, filha!
- Tempo suficiente pra eu perceber o quanto você é ocupado demais pra ir visitar seus filhos.
A expressão do meu pai se fechou um pouco, é claro. Mas o que ele queria que eu dissesse? “Ah papai, também senti sua falta! Estou muito feliz em estar aqui com você e com o meu irmãozinho para passarmos dias incríveis em família!” Me poupe. Não sou do tipo que mente pra agradar os outros. Mesmo que seja meu pai.
- Lu, você sabe que as coisas não são assim. Pode pelo menos fingir que está feliz?
- Desculpa, pai. As coisas são assim sim, e eu não sou do tipo que finge. Espero que você aprenda a lidar com isso durante as férias. – Olhei pra ele séria e pude perceber mágoa em seus olhos. Então, saí e me apressei para entrar dentro de casa. 

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