Minha respiração falhou diante de suas palavras. Não consegui pensar em nada para dizer, muito menos encontrar minha voz para produzir algum som. Só o que eu conseguia sentir era o batimento descompassado de meu coração, o que ele também devia estar sentindo, e o sentimento subitamente grande dentro de mim, crescendo ainda mais e atingindo até as extremidades de meu corpo. Meus pés e mãos formigavam, acostumando-se ao completo domínio daquele sentimento, e foi então que eu me dei conta.
Eu estava perdida. Aquilo era amor.
Mas… Eu não podia amá-lo! Como eu pude ser capaz de violar a única regra que havia imposto a meu próprio coração? Era tão difícil assim me manter a uma distância saudável dele, para que o calor de seu corpo não atingisse minhas barreiras e as aquecesse, derretendo-as aos poucos? Eu não podia ter deixado isso acontecer!
Uma pergunta surgiu em minha mente, fria e dura como um iceberg em meio à lava. Aquelas palavras ficaram pairando em minha cabeça, procurando por alguma resposta, mas antes que eu pudesse suportar o choque que ela trazia consigo, a voz de Thur afastou o medo de mim. E Mica?
- Me desculpe – ele murmurou, apoiando o queixo em minha cabeça, e uma de suas mãos afagou meus cabelos protetoramente – Eu não quero que se sinta pressionada. É que… É muito difícil ter que me controlar. Mas agora que as coisas estão tomando esse rumo, e você está começando a se envolver mais do que gostaria, eu posso tentar fazer isso. Por mais que doa, posso tentar me manter afastado de você pelo tempo que quiser…
- Não! – ofeguei, sentindo meu corpo se encolher involuntariamente devido à fisgada em meu peito, causada por suas palavras; meus braços escorregaram ao redor de seu corpo, apertando-o contra mim, e meus olhos se fecharam com força, prendendo as lágrimas que ameaçaram surgir – Eu não quero… Por favor, não vá embora.
A mera idéia de vê-lo se afastar de mim me pareceu absurda, horrível, dolorosa demais para ser aceita. Eu já havia sentido o gosto amargo de sua distância na última semana, e agora que o tinha novamente, não queria mais ter que passar por isso. Thur suspirou lentamente e relaxou em meu abraço, sem ousar prosseguir com suas palavras cruéis.
- Tudo bem, fique tranqüila – ele soprou, apertando-me mais ainda contra seu peito e intensificando seus carinhos – Eu não vou a lugar algum. Vou ficar com você.
Afrouxei a força em meus olhos, mantendo-os fechados, porém agora de um jeito mais leve. Inspirei fundo, sentindo seu cheiro invadir meus pulmões de maneira revigorante, e uni meus lábios à sua pele quente. Pude senti-lo estremecer sob meu corpo, desprevenido, e seu coração reagiu com ainda mais vitalidade, empolgado. Não desgrudei minha boca de seu pescoço, sentindo meu próprio coração pedir por aquele contato, e subi meus beijos lentamente até seu maxilar, parando perto da bochecha. Ele se manteve quieto, apenas apreciando meu agrado, e quando abri meus olhos, vi os dele fechados, acompanhados de um leve sorriso relaxado. A imagem subitamente me fez sorrir fraco.
Ele abriu os olhos logo em seguida, e meu sorriso aumentou de leve quando seu olhar encontrou o meu. Seu polegar alisou meu rosto devagar, e eu o observei manter o sorriso tranqüilo. Não precisamos dizer nada; nossos olhos já mostravam o que estávamos sentindo. Após alguns segundos, ele alargou seu sorriso, enxergando incentivo em meu olhar, e inclinou-se até meu rosto, buscando meus lábios com os seus. Fechei os olhos ao sentir sua boca encontrar a minha, e embrenhei meus dedos em seus cabelos, deixando que seu beijo me levasse para ainda mais longe de todos aqueles pensamentos que me assombravam. Era impossível pensar em qualquer coisa com os lábios dele contra os meus.
Pra variar, acabamos nos empolgando um pouco. Quando retomei uma certa consciência, me vi sobre ele, com uma perna de cada lado de seu corpo, beijando-o com avidez. Thur afundou as mãos em meus cabelos, prendendo-os entre seus dedos com força, agitado sob mim. Sua disposição me assustava um pouco; ele realmente estava disposto a cumprir com suas ameaças de vamos ficar acordados a noite toda? Por enquanto, tudo indicava que sim. Pensando bem, como fui capaz de duvidar de um coisa dessas, ainda mais vinda de Arthur Aguiar?
Eu estava perdida. Aquilo era amor.
Mas… Eu não podia amá-lo! Como eu pude ser capaz de violar a única regra que havia imposto a meu próprio coração? Era tão difícil assim me manter a uma distância saudável dele, para que o calor de seu corpo não atingisse minhas barreiras e as aquecesse, derretendo-as aos poucos? Eu não podia ter deixado isso acontecer!
Uma pergunta surgiu em minha mente, fria e dura como um iceberg em meio à lava. Aquelas palavras ficaram pairando em minha cabeça, procurando por alguma resposta, mas antes que eu pudesse suportar o choque que ela trazia consigo, a voz de Thur afastou o medo de mim. E Mica?
- Me desculpe – ele murmurou, apoiando o queixo em minha cabeça, e uma de suas mãos afagou meus cabelos protetoramente – Eu não quero que se sinta pressionada. É que… É muito difícil ter que me controlar. Mas agora que as coisas estão tomando esse rumo, e você está começando a se envolver mais do que gostaria, eu posso tentar fazer isso. Por mais que doa, posso tentar me manter afastado de você pelo tempo que quiser…
- Não! – ofeguei, sentindo meu corpo se encolher involuntariamente devido à fisgada em meu peito, causada por suas palavras; meus braços escorregaram ao redor de seu corpo, apertando-o contra mim, e meus olhos se fecharam com força, prendendo as lágrimas que ameaçaram surgir – Eu não quero… Por favor, não vá embora.
A mera idéia de vê-lo se afastar de mim me pareceu absurda, horrível, dolorosa demais para ser aceita. Eu já havia sentido o gosto amargo de sua distância na última semana, e agora que o tinha novamente, não queria mais ter que passar por isso. Thur suspirou lentamente e relaxou em meu abraço, sem ousar prosseguir com suas palavras cruéis.
- Tudo bem, fique tranqüila – ele soprou, apertando-me mais ainda contra seu peito e intensificando seus carinhos – Eu não vou a lugar algum. Vou ficar com você.
Afrouxei a força em meus olhos, mantendo-os fechados, porém agora de um jeito mais leve. Inspirei fundo, sentindo seu cheiro invadir meus pulmões de maneira revigorante, e uni meus lábios à sua pele quente. Pude senti-lo estremecer sob meu corpo, desprevenido, e seu coração reagiu com ainda mais vitalidade, empolgado. Não desgrudei minha boca de seu pescoço, sentindo meu próprio coração pedir por aquele contato, e subi meus beijos lentamente até seu maxilar, parando perto da bochecha. Ele se manteve quieto, apenas apreciando meu agrado, e quando abri meus olhos, vi os dele fechados, acompanhados de um leve sorriso relaxado. A imagem subitamente me fez sorrir fraco.
Ele abriu os olhos logo em seguida, e meu sorriso aumentou de leve quando seu olhar encontrou o meu. Seu polegar alisou meu rosto devagar, e eu o observei manter o sorriso tranqüilo. Não precisamos dizer nada; nossos olhos já mostravam o que estávamos sentindo. Após alguns segundos, ele alargou seu sorriso, enxergando incentivo em meu olhar, e inclinou-se até meu rosto, buscando meus lábios com os seus. Fechei os olhos ao sentir sua boca encontrar a minha, e embrenhei meus dedos em seus cabelos, deixando que seu beijo me levasse para ainda mais longe de todos aqueles pensamentos que me assombravam. Era impossível pensar em qualquer coisa com os lábios dele contra os meus.
Pra variar, acabamos nos empolgando um pouco. Quando retomei uma certa consciência, me vi sobre ele, com uma perna de cada lado de seu corpo, beijando-o com avidez. Thur afundou as mãos em meus cabelos, prendendo-os entre seus dedos com força, agitado sob mim. Sua disposição me assustava um pouco; ele realmente estava disposto a cumprir com suas ameaças de vamos ficar acordados a noite toda? Por enquanto, tudo indicava que sim. Pensando bem, como fui capaz de duvidar de um coisa dessas, ainda mais vinda de Arthur Aguiar?
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