Um sentimento muito esquisito começou a correr em minhas veias. Um vazio me dominou, sendo lentamente preenchido por um frio cortante, como se gradualmente, enormes pedras de gelo estivessem se formando dentro de mim, congelando meu sangue. Eu nunca havia me sentido daquele jeito. Não era um sentimento ruim, mas também não era bom. Era como se a ficha não tivesse caído ainda. Ele realmente havia me obedecido? A idéia me parecia tão surreal que eu precisaria de alguns minutos de reflexão para realmente absorvê-la.
Soltei um suspiro tenso, com os olhos perdidos onde antes o corpo de Arthur estava. O distanciamento dele fez com que automaticamente minha respiração se normalizasse, mas estranhamente, meu coração quase parecia imóvel de tão lentas que eram suas batidas. O gelo crescente dentro de mim o havia atingido, e parecia dificultar seus batimentos, mas não fisicamente. Era como se ele não quisesse mais bater normalmente. Como se, por algum motivo, ele tivesse perdido a vontade de funcionar. Talvez a surpresa pelo conformismo de Arthur tivesse sido maior do que eu pudesse prever. Mas logo eu me recuperaria, e ficaria muito melhor sabendo que bastava apenas um pouco mais de força de vontade para mantê-lo afastado de mim.
Meus olhos foram instintivamente até a porta aberta de meu quarto, fitando o vazio. Minhas pernas ainda pareciam formigar diante do acontecimento épico que haviam presenciado, e se recusavam a fazer qualquer movimento. Apenas fiquei encarando o nada por alguns segundos, até que o som de passos se aproximando do quarto adentrou meus ouvidos. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, vi Arthur andar energicamente até mim, e em dois segundos, envolver meu rosto calorosamente com suas mãos e colar seus lábios nos meus com fúria.
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Soltei um suspiro tenso, com os olhos perdidos onde antes o corpo de Arthur estava. O distanciamento dele fez com que automaticamente minha respiração se normalizasse, mas estranhamente, meu coração quase parecia imóvel de tão lentas que eram suas batidas. O gelo crescente dentro de mim o havia atingido, e parecia dificultar seus batimentos, mas não fisicamente. Era como se ele não quisesse mais bater normalmente. Como se, por algum motivo, ele tivesse perdido a vontade de funcionar. Talvez a surpresa pelo conformismo de Arthur tivesse sido maior do que eu pudesse prever. Mas logo eu me recuperaria, e ficaria muito melhor sabendo que bastava apenas um pouco mais de força de vontade para mantê-lo afastado de mim.
Meus olhos foram instintivamente até a porta aberta de meu quarto, fitando o vazio. Minhas pernas ainda pareciam formigar diante do acontecimento épico que haviam presenciado, e se recusavam a fazer qualquer movimento. Apenas fiquei encarando o nada por alguns segundos, até que o som de passos se aproximando do quarto adentrou meus ouvidos. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, vi Arthur andar energicamente até mim, e em dois segundos, envolver meu rosto calorosamente com suas mãos e colar seus lábios nos meus com fúria.
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