Hoje, ali estava eu novamente. Sem nada mais do que algumas lembranças, muitos desejos e uma quantidade considerável de seu ódio para chamar de meu.
O que mais me intrigava nisso tudo era que as coisas pareciam ter efeito contrário quando se tratava dela. Quanto mais eu demonstrasse meu interesse e corresse atrás, mais ela parecia se afastar de mim, como ímãs que se repelem. Justo eu, que nunca havia perdido uma chance de me aproximar. Justo eu, que sempre lutei pelas coisas que quis. Está certo, concordo que dinheiro e mulheres nunca foram problema para mim, mas há um certo momento na vida de um homem no qual não se tira mais vantagem de detalhes como esses. Pessoas como eu amadurecem de fora para dentro: primeiro, os desejos carnais, a luxúria, a ambição, o materialismo incontroláveis; depois, conforme o tempo passa e a experiência começa a pesar sobre nossos ombros, boa parte desse encanto se esvai, e apenas uma fraca e temporária névoa permanece, deixando-nos nada mais que o vazio. Um vazio que dói, lateja, pulsa e sangra cada vez mais, implorando por algo que o preencha.
E esse momento parecia enfim estar chegando para mim. Já era hora de reconhecer que eu estava ficando velho demais para brincadeiras. Agir como gente grande parecia uma tarefa bastante interessante aos olhos do bom apreciador de desafios que eu era. Prêmios fáceis não aguçavam minha competitividade; nunca fui adepto de prendas baratas e sem valor algum, a não ser para preencher o tédio. Mesmo tendo a criação farta que tive, o bom senso nunca me faltou. Sempre soube investir em tarefas árduas, pois sabia que a conquista me recompensaria de maneira equivalente a todo o tempo e suor gastos para obtê-la.
Sempre soube que após algum esforço, ela seria minha. E dessa vez não seria diferente. Se ela pensava que finalmente havia me feito desistir, não conhecia o tamanho de minha obstinação. Se ela achava que eu me daria por vencido tão cedo, não conhecia nem metade da determinação que havia dentro de mim.
Virei-me de lado na cama, deparando-me com o relógio de cabeceira: meia-noite e dez. Meus olhos começaram a dar leves sinais de sonolência, e eu atribuí tal feito aos copos de uísque que havia bebido há pouco. Obrigado, álcool, meu fiel companheiro, por mais uma noite de sono. Sem demora, minhas pálpebras se fecharam confortavelmente, e eu soltei um suspiro relaxado. A sensação de decisão tomada se disseminava por meu corpo, provocando um torpor delicioso e um leve sorriso em meu rosto.
Eu a veria naquele maldito baile. E mesmo que ela tentasse me recusar de todas as formas, eu a teria novamente em minhas mãos e em minha boca, como sempre deveria tê-la.
Já disse que realmente gosto de desafios?
O que mais me intrigava nisso tudo era que as coisas pareciam ter efeito contrário quando se tratava dela. Quanto mais eu demonstrasse meu interesse e corresse atrás, mais ela parecia se afastar de mim, como ímãs que se repelem. Justo eu, que nunca havia perdido uma chance de me aproximar. Justo eu, que sempre lutei pelas coisas que quis. Está certo, concordo que dinheiro e mulheres nunca foram problema para mim, mas há um certo momento na vida de um homem no qual não se tira mais vantagem de detalhes como esses. Pessoas como eu amadurecem de fora para dentro: primeiro, os desejos carnais, a luxúria, a ambição, o materialismo incontroláveis; depois, conforme o tempo passa e a experiência começa a pesar sobre nossos ombros, boa parte desse encanto se esvai, e apenas uma fraca e temporária névoa permanece, deixando-nos nada mais que o vazio. Um vazio que dói, lateja, pulsa e sangra cada vez mais, implorando por algo que o preencha.
E esse momento parecia enfim estar chegando para mim. Já era hora de reconhecer que eu estava ficando velho demais para brincadeiras. Agir como gente grande parecia uma tarefa bastante interessante aos olhos do bom apreciador de desafios que eu era. Prêmios fáceis não aguçavam minha competitividade; nunca fui adepto de prendas baratas e sem valor algum, a não ser para preencher o tédio. Mesmo tendo a criação farta que tive, o bom senso nunca me faltou. Sempre soube investir em tarefas árduas, pois sabia que a conquista me recompensaria de maneira equivalente a todo o tempo e suor gastos para obtê-la.
Sempre soube que após algum esforço, ela seria minha. E dessa vez não seria diferente. Se ela pensava que finalmente havia me feito desistir, não conhecia o tamanho de minha obstinação. Se ela achava que eu me daria por vencido tão cedo, não conhecia nem metade da determinação que havia dentro de mim.
Virei-me de lado na cama, deparando-me com o relógio de cabeceira: meia-noite e dez. Meus olhos começaram a dar leves sinais de sonolência, e eu atribuí tal feito aos copos de uísque que havia bebido há pouco. Obrigado, álcool, meu fiel companheiro, por mais uma noite de sono. Sem demora, minhas pálpebras se fecharam confortavelmente, e eu soltei um suspiro relaxado. A sensação de decisão tomada se disseminava por meu corpo, provocando um torpor delicioso e um leve sorriso em meu rosto.
Eu a veria naquele maldito baile. E mesmo que ela tentasse me recusar de todas as formas, eu a teria novamente em minhas mãos e em minha boca, como sempre deveria tê-la.
Já disse que realmente gosto de desafios?
to amando sua fic
ResponderExcluirkero a roberta e o arthur juntos logo e não a roberta e o micael.........
posta mais please!!!!!!!