sábado, 3 de dezembro de 2011

WEB LuAr - Capítulo 8 / Parte 4 :

 
Estávamos realmente urrando, suados e com os músculos totalmente tensos de prazer, até que nossos gemidos foram ficando cada vez mais cansados e ele finalmente gozou, agüentando até eu atingir meu segundo orgasmo. 
De olhos fechados e com a testa unida à dele, eu apenas tentava recuperar o fôlego enquanto sentia sua respiração quente em meu rosto. Mica acariciou de leve minha bochecha com uma mão, e eu abri os olhos, vendo um sorrisinho fofo surgir em seu rosto. 
- Na mesinha do telefone, Mica? – cochichei, rindo baixinho e mordendo meu lábio inferior dormente, fazendo-o revelar seus olhos intensamente brilhantes – De novo? 
- Me desculpe, vou tentar me esforçar mais pra chegar ao sofá nas próximas vezes – ele murmurou, dando uma piscadinha marota e me dando um selinho demorado logo depois. É, acho que o dia ia ser bom. 

- Mica, eu tenho que ir. 
- Ah, Roberta, só mais um pouquinho, vai. 
Estávamos deitados no sofá da sala, após uma tarde bastante, erm, empolgante. O corpo de Mica estava sobre o meu, e suas mãos percorriam confortavelmente minhas coxas, quadris e cintura enquanto nos beijávamos. Já estávamos há um bom tempo ali, a ponto de deixá-lo “alegre” pela milésima vez no dia, mas eu realmente tinha que ir embora. Não que eu quisesse, por mim ficaria o resto da vida dando uns belos amassos em Mica, mas se eu não chegasse em casa logo, minha mãe ficaria desconfiada pela demora. 
- Eu tô falando sério – reforcei, tentando me sentar enquanto minhas mãos empurravam inutilmente seu peito pra trás e ele beijava meu pescoço de um jeito provocante – Eu preciso ir embora. 
Ele soltou um suspiro derrotado, apoiando a testa em meu ombro, e eu quase voltei atrás, se ele já não estivesse de pé no segundo seguinte. 
- Só você mesmo, Roberta – ele resmungou, de pé na minha frente enquanto eu me sentava pra calçar meus tênis – Fica me atiçando e depois me dispensa? Não dá certo. 
Olhei pra ele, mas meus olhos inevitavelmente se fixaram no volume que havia pelo caminho, mais especificamente em sua bermuda. Como eu já estava acostumada a vê-lo sem roupa, às vezes eu me esquecia de que 
aquilo podia chamar muita atenção quando ele estava vestido… E muito bem provocado, claro. 
- Pelo amor de Deus, Borges, hoje você não pode reclamar de carência – eu ri, voltando a amarrar meus cadarços com um sorriso divertido – Já liberamos endorfinas suficientes pra uma semana só nessa tarde. 
- Engraçadinha – Mica falou, com a voz meio frustrada/irritada – Já vi que você realmente vai me deixar assim, então eu vou me conformar e buscar meus tênis. 
- Pra que? – perguntei, quando o vi caminhar na direção de seu quarto – Vai me levar até lá embaixo hoje? 
- Você acha mesmo que eu vou te deixar ir andando sozinha a essa hora? – ouvi sua voz exclamar lá de dentro, como se andar até a minha casa lá pelas 8 da noite fosse um absurdo – Eu vou te levar! 
- Claro que não, Mica! – neguei, ficando de pé quando terminei de calçar meus tênis e seguindo-o depois – Nem pensar, é arriscado demais! Imagina se minha mãe ou alguém conhecido nos vê? 
- Não acho que ninguém vá nos ver, mas se acontecer, o que tem de mais nisso? – ele disse enquanto calçava rapidamente os tênis, como se nossa relação fosse totalmente permitida – Um professor não pode dar uma carona pra uma aluna que encontrou totalmente por acaso na rua? 
Revirei meus olhos, com um leve sorriso contrariado, e ele logo veio até mim com uma expressão esperta. 
- Se você insiste… – murmurei, encarando-o com o olhar derrotado. Ele sempre me convencia, sempre me fazia ceder ao seu jeito seguro e despreocupado, e o pior, extremamente lindo. 
- Sim, eu insisto – Mica retrucou, cerrando os olhos e franzindo rapidamente o nariz antes de me dar um beijo demorado. Os minutos foram passando (aliás, voando), a gente continuou se beijando, e assim que ele me prensou contra a parede do corredor, me dei conta de que aquilo estava durando demais e estava tomando um rumo que não devia tomar. 
- Desculpa, eu me empolguei um pouquinho – ele sussurrou, abrindo devagar os olhos e me fazendo sorrir feito uma idiota quando eu o afastei pelo peito. Mesmo depois de quase dois meses juntos, ele ainda me fazia sorrir sem esforço. 
- É, eu percebi, você tá que tá hoje – brinquei, lançando um breve olhar pro retorno do insistente volume em sua bermuda antes de dar as costas pra um Mica desconcertado – Vamos? 
Descemos as escadas rapidamente, sem esquecer de nos despedirmos de Andy, e caminhamos até o carro de Mica, que estava estacionado bem em frente ao prédio. Rezando pra ninguém nos ver, entrei no carro pela porta do carona enquanto ele fazia o mesmo do outro lado, com um sorriso insistente de quem estava levando a namorada (ou sei lá o que eu era dele) pra casa pela primeira vez. Ele lançou um olhar de dúvida pra ignição do carro e subitamente começou a tatear os bolsos da bermuda, procurando alguma coisa. 
- Droga – ele xingou, entortando a boca e desistindo de revirar seus bolsos – Esqueci a chave. 
- Não acredito – falei, revirando os olhos e rindo de um jeito apreensivo por estar aparecendo com ele em público. Olhava pra todas as direções, preocupada com as poucas pessoas que passavam pela rua e o que elas poderiam pensar. 
- Viu o que você faz comigo? Me deixa todo desconcentrado – ele murmurou, com sua típica cara brincalhona de insatisfação enquanto saía do carro – Já volto. 
Assim que Mica sumiu pela portaria do prédio, eu me deixei escorregar no assento do carro, praticamente sumindo de vista. Apesar de ter olhado pra todos os lados possíveis e não ter visto quase ninguém na rua, eu não queria correr o risco de ser vista por gente demais, ou pelas pessoas erradas. 

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