quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

WEB LuAr - Capítulo 16 / Parte 2 :

 
- Então… – ouvi Mica perguntar, estudando minha reação - O que acha? 
- C-chegamos? – perguntei, atônita, e ele apenas sorriu significativamente. Olhei pra ele, boquiaberta, e logo um sorriso de orelha a orelha se abriu em meu rosto. Aquele lugar era lindo, e agora que o motor do carro não fazia barulho, era possível ouvir as ondas do mar quebrando em algum lugar perto dali. Simplesmente perfeito. 
- Mica, eu… Eu não sei o que dizer – balbuciei, olhando pra casa e pra ele, sem conseguir me decidir em qual dos dois repousar meu olhar – É linda! 
- Eu sei – ele assentiu uma vez, carinhoso – E é nossa por esse fim de semana. 
Encarei seus olhinhos felizes e comecei a rir sozinha, maravilhada com aquilo tudo. Micael Borges só podia ser fruto da minha imaginação, era perfeição demais pra um simples e único ser humano. Onde eu estava com a cabeça ao pensar que alguém poderia estremecer todo o amor que eu sentia por ele, tão sólido, tão concreto que parecia uma diamante dentro do meu peito? 
- Você não existe – falei, mordendo o lábio inferior, e ele soltou um risinho divertido. 
- Hm, eu existo sim – ele discordou, fingindo pensar no assunto antes de voltar a sorrir pra mim com segundas intenções – Posso até provar que sou bem real. 
- Ah, é? – murmurei, aproximando minha boca de seu ouvido e escorregando a mão perigosamente pelo lado interno de sua coxa, próxima à virilha – Então prove. 
Mica fechou os olhos lentamente, deixando-se arrepiar com meus carinhos, e acariciou meu rosto com sua mão, agarrando meus cabelos atrás da orelha. 
- Comporte-se, mocinha – ele sussurrou, enquanto distribuía beijos demorados e macios em meu pescoço – Guarde um pouco disso pro resto do fim de semana. 
Sorri, arrepiada com os beijos dele, e mordi o lóbulo de sua orelha, fazendo-o escorregar por entre meus dentes enquanto me afastava e voltava à minha postura inicial. Mica me olhava, meio ausente devido à provocação descarada, e logo depois soltou um suspiro contido. 
- Pensando bem, eu acho que devia ter te contado antes – ele refletiu, assentindo de leve com as sobrancelhas erguidas – Tenho certeza de que nossa viagem seria bem mais 
divertida. 
- Seu tarado – censurei-o, fingindo reprovação em minha expressão e voz, e ele me olhou de canto, sorrindo timidamente. 
- Que tal entrarmos? – ele sugeriu, suspirando profundamente de um jeito dramático e me fazendo rir. 
- Boa idéia – concordei, radiante – Preciso ver se a casa é tão linda por dentro quanto é por fora. 
- É ainda melhor – Mica sorriu, saindo do carro logo depois. Fiz o mesmo, me oferecendo em vão pra carregar alguma de nossas mochilas, e o acompanhei de mãos dadas até a entrada da casa. Ele tirou a chave do bolso e abriu a porta, lançando um breve olhar animado pra mim, que o retribuí com a mesma empolgação. Me senti uma garotinha diante de uma casa da Barbie em tamanho real. 
Mica me deu passagem para entrar primeiro, e eu o obedeci. Dei alguns passos dentro da casa, deslumbrada com a beleza luxuosa e ao mesmo tempo simples dos móveis e decoração. Era uma das casas mais lindas que eu já tinha visto, e se pudesse sonhar com alguma, definitivamente seria como essa. 
- Linda, não é? – Mica murmurou, colocando as mochilas sobre o sofá e se aproximando por trás de mim. Olhei pra ele, que logo parou de observar a casa para retribuir meu olhar, e assenti, maravilhada. 
- É perfeita – sorri, com o coração acelerado. Mica me abraçou devagar pela cintura e colocou o rosto na curva de meu pescoço, me arrepiando com sua respiração calma e quente. 
- Como você – ele sussurrou, roçando carinhosamente a ponta de seu nariz em minha pele. Fechei os olhos, sentindo meu coração acelerar ainda mais, e me virei lentamente, até ficar de frente pra ele. Abracei seu pescoço sem pressa, observando enquanto minhas mãos subiam por seu peito, e finalmente devolvi seu olhar, muito mais feliz do que eu me lembrava que podia ser. 
- Como 
você – corrigi baixinho, aproximando nossos rostos e dando um beijinho de esquimó nele, que sorriu com o agrado e fechou os olhos. Aproximei ainda mais meu rosto do dele e toquei seus lábios com os meus, começando com alguns selinhos demorados e logo aprofundando mais o beijo. 
Mica espalmou suas mãos em minhas costas, alisando cada centímetro cuidadosamente. Foi descendo até meus quadris e me apertou contra seu corpo, automaticamente intensificando nossos movimentos. Nossas línguas se moviam em sintonia, num beijo cheio de saudade e desejo. Não havia nada tão cheio de sentimento quanto nossos momentos juntos. 
Quando estávamos começando sufocar um ao outro sem a menor intenção de parar, uma coisa começou a tremer entre nós, e eu pulei de susto. Mica não costumava tremer 
por lá quando me beijava, se é que você me entende. 

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